segunda-feira, 23 de abril de 2007

Vários modos de "ver o século XX"

"Nós que Aqui Estamos... estamos custou apenas R$ 140 mil, e foi o grande vencedor do Festival de Recife com os prêmios de melhor filme, roteiro e montagem, além de ganhar a competição internacional do festival de documentários É Tudo Verdade."

Fonte: ZAZ Cinema.

Também relembrando coisas da época de colegial, esse filme, Nós que aqui estamos por vós esperamos, de Marcelo Masagão, forneceu através da forma simples de amostragem de imagens, como um documentário, e uma trilha sonora elaborada por Wim Merthens, as fortes passagens desse século marcado por angústia, frustrações e transformações drásticas.

Assisti esse filme após algumas aulas introdutórias das teorias de Sigmund Freud, médico influente na criação da psicanálise, na criação do pensamento que deixou de focar apenas em grandes massas, dando um maior estudo individual. Outra fonta de inspiração para o autor do filme de fotografias, filmagens e música foi o historiador Eric Hobsbawn, que estamos estudando em História Contemporânea. Marcelo constrói o filme não numa linearidade tradicional ou numa seqüência desmembrada: ele valoriza idéias e imagens que, de alguma maneira, se manifestam mais ou menos como os sonhos. A própria introdução do filme nos remete à um sono que estamos tendo, com um despertar que nos leva a refletir.

Inspirado no nome de um cemitério, o nome do filme flui bem para a reflexão sobre os "fantasmas" que rechearam esse século maluco em inúmeros aspectos. Ele faz uma ponte filosófica semelhante ao que nós, alunos da Cásper, fazemos em nossos blogs: partem dos pressupostos e pensamentos de Hobsbawn e Freud e estabelecem uma ligação com os fatos. O filme não possui o mesmo compromisso jornalístico que teremos em nossas carreiras, mas é uma produção audiovisual criativa para nosso crescimento individual, em especial na crítica.

3 comentários:

Anônimo disse...

Bom...ótima postagem...o unico defeito é ser complicado opinar sobre o assunto sem ter assistido o filme...por isso meu comentário vai pequenino ^^

Abraços, amigo ^^

Carlos Antonechen disse...

Me interessei pelo filme, parece ter uma abordagem inusitada. Só não possuo muito que comentar, porque ainda não comecei a estudar hobsbawn.

Anônimo disse...

Como no início do século XX surgiu a infinidade de máquinas, surge no século XXI uma infinidade maior ainda.