quinta-feira, 19 de abril de 2007

É, Freud explica.

"Vídeo de atirador assusta estudantes da universidade
Por Andrea Hopkins


BLACKSBURG (Reuters) - Estudantes manifestaram aversão e descrença diante das fotos e do vídeo raivoso enviado a um rede de televisão pelo homem que massacrou 32 pessoas na universidade Virginia Tech.
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As imagens e o longo monólogo, cheio de paranóia e sentimentos de perseguição, mostram uma visão diferente de Cho, de 23 anos, que era descrito pelos professores e por outros estudantes como um rapaz quieto e reservado.
"Ele não pára -- isso deve ser mais do que falou em toda a vida", disse Jeremiah. "Pensei, bem, 'ele sabe falar'."
Devin Cornwall, 19, que viu a fita em um dormitório com dois amigos, disse que o ódio do atirador contra crianças ricas não faz sentido.
"Para mim, isso não representa nenhum estudante da Tech que eu conheça. Eu sempre acho que somos um lugar de assalariados", disse Cornwall.
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"Vocês achavam que estavam acabando com a vida de um menino patético. Agradeço a vocês por morrer como Jesus Cristo, para inspirar gerações de fracos e indefesos.""

Mesma fonte, MSN Notícias. Quinta-feira, 19 de abril de 2007, 09:25.

Agora sim me proclamo para fazer uma reflexão. De fato, Freud explica pela psicanálise no processo de paranóia as ações desmedidas de um indivíduo obsecado por um objeto que desencadeia um fato. O menino usou da posição social para autorizar o assassinato de seus colegas, de seus amigos até. Fez uso de seu id, seu instinto, mas de uma forma consciente, alarmante. Talvez o único lado inconsciente de sua atrocidade seja o fato de que, ele, como estrangeiro, se sentia frustrado diante dos demais americanos.
Isso não constrói um quadro mais agravante do que a situação da Guerra no Iraque, nem mais aterrorizante do que a situação africana. Mas, mesmo assim, uma mente de um estudante universitário conseguiu se firmar a ponto de sacrificar pessoas contra uma desigualdade que existe, talvez não como ele tenha dito nos vídeos, mas existente mesmo assim.
Podemos constituir essa análise para avaliar também como ocorreu o 11 de setembro, onde Osama Bin Laden justificou a morte de 3.000 pessoas pela religiosidade. O próprio presidente George W. Bush, ao autenticar as perseguições "aos terroristas" age com a mesma precipitação do estudante. Agressividade e dissociação em cadeia? Paranóia coletiva?

2 comentários:

Anônimo disse...

Isso é o EUA. Paranóia coletiva, sem dúvidas. Aliada, também, a uma gelidez ímpar daquele povo - que só pensa em si sobre tudo e tem medo até de insetos (por isso a total intolerância com tudo). Aqui se faz, aqui se paga...

Anônimo disse...

Bom, pela matéria colocada no post, ficou bem claro, que o estudante quis descontar seu "medo" em um povo que poderia um dia ameaçar o seu país mais fortemente. Para mim fica claro que esse é o mesmo sentimento que o Bush sente, atacar o povo que um dia possa colocar em perigo o império americano. A diferença? O jovem assassino coreano pegou uma arma e matou 32, em um aviso digamos que simbólico ao povo americano, no qual ele tenta mostrar que o mundo não está se encolhendo para o poder americano. Do outro lado, Bush mata milhares para continuar mostrando o poder, e dando um recado ao mundo, que ninguém pode com os EUA. São sentimentos iguais, para dois assassinos nem tão diferentes assim..