sexta-feira, 4 de maio de 2007

Agora, o Blog fala de si


Cidadão do Mundo, um nome de impacto que sugere uma idéia talvez utópica, aparentemente abstrata e muito pouco vista na prática. Cidadão do Mundo, uma coisa que todos somos, admitirmos que nossos preconceitos não nos guiam numa trilha certa. Ficamos totalmente independentes de um destino palpável, único, previsível somente à você. É possível ser “do mundo” no universo humano de hoje, mesmo que você seja marginalizado, invadido, desiludido e desprestigiado. Os olhos podem te fitar e a convivência humana é quase inevitável, mas é raro encontrar uma pessoa que tenha conseguido o olhar, a imagem de si, para os demais como gostaria. É raro achar quem se sinta satisfeito com as respostas que o mundo emprega, as que ele insiste em nos entregar.

Nesse contexto, li a obra Os sete saberes para a Educação do Futuro, de Edgar Morin. Embora não seja o livro central de análise nesse blog, os escritos revelam diversas faces da teoria complexa. Foi escrito e publicado à pedido da UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization ou Organização das Nações Unidas para a Educação). Em sete passagens – erro e ilusão, conhecimento pertinente, condição humana, identidade terrena, as incertezas, compreensão e a ética do gênero humano – Morin nos ensina não somente deveres educacionais num futuro próximo, mas também formas de pensar as incoerências sócio-históricas, especialmente no que se refere à Revolução Tecno-científica (que deveria nos auxiliar e não formar armas ou instrumentos de destruição tanto de massa quanto os indiretos).

Em uma análise mais próxima de acontecimentos cotidianos, tentarei nas futuras postagens abordar cada um dos conhecimentos fornecidos por esse filósofo de atual prestígio. Nessa mensagem, me restrinjo a pensar sobre o nome com que batizamos esse pequeno veículo online. Ele não sintetiza apenas o pensamento de Edgar Morin, mas aborda, sim, a nossa mentalidade.

Pensar que filosofamos apenas sobre acontecimentos simples no contexto do fluxo de informações que lidamos é um equívoco. Outro erro maior seria dizer que nossas reflexões são igualmente simplórias. Não há como explorar as notícias de jornal, músicas, poesia sem mensagens elaboradas, pequenos filmes ou até mesmo textos pessoais com um simples resumo num veículo de filosofia. Empregamos nesse blog o sentido literal de ser um “Cidadão do Mundo”: um mundo integrado por informações, por manipulações, por opiniões de cunho crítico, por atos desinteressados, por regressos e progressos, sem exagerar nesses termos evolucionistas.

Mesmo que cada um dos membros que compõem nossa equipe pensem diferentemente, possuam conclusões próprias a respeito e talvez nem se importem sobre o assunto, Morin me mostrou que, embora não tenhamos consciência sempre, fazemos parte do complexo por “nossa formação nele”. O termo original da filosofia dele, a palavra Complexus, é de origem latina e significa “o que foi tecido junto”. Assim somos nós: pessoas “tecidas numa malha” que já existia e que compõe diversos aspectos em sua superfície.

3 comentários:

Anônimo disse...

Viva a cidadania do mundo como um todo e não a cidadania limitada por uma fronteira que nos faz odiar nossos semelhantes!

Viva, também, à metalinguagem!

Como já dizia a física quântica, tudo é complexo, você que não consegue ver...

Bem, acho que não tenho mais o que comentar aqui.

Boa sorte com a continuação do Weblog!

Anônimo disse...

Oi oi ^^'

Eu sou do grupo "A cabeça bem feita" do Jo A...

Mudamos o visual do nosso blog, dêem uma olhada lá :D

Anônimo disse...

Entendi que a colocação de Edgar Morin é de que todos, mesmo com as diferenças inerentes a raça humana, somos iguais e integramos uma grande teia. Interagindo sempre no meio em que vivemos.