quinta-feira, 22 de março de 2007

2ª sugestão para mini-seminário - A proposta de emissora estatal no Brasil

"Mesmo já dispondo da Radiobrás, da TV Nacional de Brasília (NBR), de outras TVs públicas e da retransmissão obrigatória do programa Voz do Brasil por mais de 3 mil emissoras de rádio, o governo Lula ainda quer mais. E pode levar avante o projeto de criação da chamada Rede Nacional de Televisão Pública, concebida pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa.

Além de inoportuna, a proposta é desnecessária e lesiva aos cofres públicos, pois deverá custar, no mínimo, R$ 250 milhões (ou seja, mais de US$ 100 milhões), sem incluir aí os custos operacionais."

Notícia publicada no jornal Estado de São Paulo em 18 de março de 2007, a proposta de criação do canal que defende os interesses do Poder Executivo brasileiro causa controvérsias. Entre discussões nas ruas, há brasileiros que sequer sabem a diferença entre as emissoras privadas e as de poder público. A diferenciação não é bem delimitada por pura falta de informações. Não há, por exemplo, muita difusão da programação da Televisão Cultura entre os telespectadores, que é órgão público desde 1969.

Autor de obras gregas célebres na filosofia, como Diálogos, Platão de Atenas defendeu uma forte postura filosófica para a política. Discípulo de Sócrates e fundador da escola chamada Academia, defendeu o questionamento sobre as sensações humanas, que podem induzir erros. Através de um "Mundo Ideal" ou "Mundo das Idéias" disse que nossa visão física pode ver apenas representações das coisas, que sua natureza real estaria nesse outro mundo. Criou assim o princípio do pensamento dialético, princípios de pensamentos religiosos e, com seu livro A República, defendeu um modelo de Estado onde seu pensamento filosófico e jurídico estaria presente na figura do Rei ou soberano, um real pensador.

E nessa obra que concentra todas
suas considerações políticas está a passagem do "Mito" da Caverna (a denominação correta é Alegoria da Caverna, já que foi baseada em acontecimentos gregos).

Nesses escritos, Platão narra que quatro homens nasceram e foram acorrentados em uma caverna escura, mas com uma entrada de luz de sua saída que, com seus corpos e os objetos externos, projetava sombras. Esses seres humanos passaram a crer que tais figuras eram a realidade das coisas, ignorando o mundo real que se encontrava logo atrás deles. Certo dia, um dos homens se liberta das correntes e sai de seu cárcere. Ao testemunhar o mundo externo, com toda sua luz e elementos, ele fica em estado de choque. Após certo tempo, ele retorna à caverna para informar os outros da realidade das coisas e
é mal-recebido. Muitos dizem que os outros três o eliminaram.

Através dessa história filosófica elaborada desde a Grécia Antiga, devemos sempre nos questionar dessa maneira quando surgem propostas como essa no Ministério Público. Proponho, juntamente com meu grupo, questionar em sala até onde a proposta de Emissora Pública é manipuladora, até onde é benéfica para o Executivo brasileiro. Devemos permitir que haja uma dívida financeira dessa dimensão para um veículo que vá nos manipular?

3 comentários:

Anônimo disse...

bom...sou contra...
não sei se eh apenas meu pensamento anti-petista, mas isso me cheira outro trabalho ineficaz do governo lula para justificar a ida de um dinheiro q ninguem sabe o destino final...fora, q se houver realmente a intenção de se criar algo decente, naum é algo q vá vingar por mto tempo...pois para criar algo na televisão pra chamar a atenção tem q ser apelativo, pois senão não atrai a massa ignorante, q é mais facilmente manipulada...

mas nossa! q mudança drástica O.O
de tv à Filosofia...foi meio brusca a mudança de assunto rs

abraço Pedro!

Cecília do Lago disse...

Eu sou contra.
Acho desnecessário, já temos TV Câmara, TV Senado e algumas outras que não me vêm à memória agora. Esses canais, até aonde eu sei, só existem em tv a cabo. Agora sinceramente, cidadão que tem dinheiro para ter tv a cabo nunca tiraria da FOX para poder assistir TV Senado, até porque sua linguagem é muito restrita e complicada. Isso levando em conta que um cidadão com tv a cabo é, na maioria das vezes, uma pessoa "esclarecida". Só pessoas que participam daquele meio [senado] ou que estão de alguma forma ligada a ele conseguem assisti-lo. Eu, que tenho nível médio de escolaridade, simplesmente não consigo entender o que eles dizem. Para quê mais uma tv estatal? Para que cada um dos poderes tenham sua tv?

Não acho que criando mais uma tv estatal o governo limparia essa falta de credibilidade pela qual ele passa. Até porque esse tipo de tv logo pegaria a fama de manipuladora, cabide de empregos, etc.

Se for assim então dê logo uma tv estatal para as forças armadas, para a petrobrás, para o ministério público [se é que este já não tem], enfim, desse jeito logo viraríamos uma confusão de tvs estatais.

Muito mais eficiente seria investir esse dinheiro na TV Cultura, que é a tv pública mais consolidada e acessível para a população brasileira. Isso sim traria algum benefício para o povo.

Anônimo disse...

Também sou contra. Muitas pessoas que têm muito o que dizer não tem espaço para emitir suas opiniões, como as TVs comunitárias, que penam para sobreviver, e aqueles que têm projetos culturais que não conseguem divulgar. Assim, gastar 250 milhões para fazer propaganda do governo é ridículo. Sorte que essa proposta não vai dar em nada.