sábado, 26 de maio de 2007
4ª sugestão para mini-seminário – A estética
terça-feira, 22 de maio de 2007
Minúsculo informativo paulistano da “pouco famosa” zona norte
Subindo a Rua Doutor Zuquim e adentrando cada vez mais na pouco conhecida zona norte de São Paulo, vemos paisagens múltiplas: árvores proliferando cada vez que subimos a rua, prostíbulos discretos, a Igreja Nossa Senhora da Salete, lojas de móveis, um pequeno comércio. Embora cada vez mais expandido, os estabelecimentos conservam uma simplicidade típica da região em comparação com as demais.
quinta-feira, 17 de maio de 2007
Ser manipulado é uma necessidade!
A tragédia em suas milhares de faces - Final
She may have found a reason to forgive
Had a violent struggle taken place?
Para finalizar a postagem, um vídeo do youtube com a música Through her eyes, minha favorita de todo o CD. Espero que tenham gostado da análise.
quarta-feira, 16 de maio de 2007
A vingança da vingança
Nessa chacina, aproximadamente 50 policiais militares, que queriam vingar a morte de quatro colegas assassinados por traficantes, invadiram a favela de Vigário Geral (Zona Norte do Rio) e abriram fogo contra os moradores. 21 pessoas foram mortas. Nenhuma delas tinha vínculos com o tráfico.
Dos 52 denunciados pelo Ministério Público nos processos sobre a chacina, apenas sete foram condenados. Entre eles Farinha, que já foi condenado a 72 anos de prisão, teve a pena diminuída para 59 anos e seis meses, mas continuava em liberdade.
A morosidade, incompetência e parcialidade da Justiça causam revolta e desejo de vingança. Afinal, como as pessoas que assassinaram aqueles 21 inocentes podem estar livres? Não devemos fazer justiça com as próprias mãos? Quantos inocentes mais terão que morrer?
Pelo menos mais um inocente teve que morrer nessa história. O sobrinho de Farinha, Felipe Pimenta Farinha, 14 anos, estava no carro, também foi baleado e morreu no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo. Felipe nasceu no mesmo ano da chacina de Vigário, e era tão inocente quanto as 21 vítimas de 1993.
O desejo de vingança faz parte da natureza humana. Vários filósofos já tentaram entendê-lo, ou formular uma “ética da vingança”. Será que vingar a morte de alguém querido pode fazer você suportar melhor a perda? E qual é, se existe, o limite entre o que chamamos de “vingança” e o que chamamos de “justiça”?
Para vingar o sangue de seus colegas, os PMs derramaram sangue inocente. Para vingar sangue inocente, mais sangue inocente foi derramado. Justo?
“Olho por olho, dente por dente”
Lei de Talião
“Tiveste sede de sangue, e eu de sangue te encho”
Dante Alighieri
“A justiça é a vingança do homem em sociedade, como a vingança é a justiça do homem em estado selvagem”
Epicuro
"A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena"
Seu Madruga
A tragédia em suas milhares de faces - Começo
terça-feira, 15 de maio de 2007
Grego sinônimo de heleno?
Desde o ano 4.000 a.C., diversos de povos denominados indo-europeus, habitaram o norte do Mar Negro, entre os Cárpatos e o Cáucaso, sem jamais se constituir como uma unidade sólida, um povo, uma raça.
Por volta de 3.000 a.C, o rompimento desta frágil unidade provocou a fragmentação dos indo-europeus em diversos grupos e uma conseqüente onda de migrações para vários lugares da Ásia e da Europa.
Como se tratava de povos nômades, os movimentos migratórios ocorreram por muito tempo. Em alguns casos, existem séculos de diferenças entre a migração de um determinado grupo e outro. Mesmo dentro de um mesmo grupo, as migrações ocorreram em diversas etapas. Os atualmente denominados gregos, por exemplo, chegaram à Hélade, um pequeno território no sul da Tessália, em quatro levas: jônios, aqueus, eólios e dórios. Entre os jônios e os dórios calcula-se existir uma distância de oitocentos anos entre as migrações.
A Grécia antiga compreende o conjunto de civilizações que se desenvolveram nas regiões situadas ao sul da Península Balcânica. As terminologias Grécia e grego foram empregadas inicialmente pelos romanos, que nomearam toda a região e os povos que lá habitavam a partir do nome da primeira tribo que encontraram.
Os gregos do período clássico se denominavam helenos, e seu país era denominado Hélade. Eram considerados bárbaros todos aqueles que não falavam o grego. Do mesmo modo, eram chamados helenos todos os habitantes da península grega que dominavam tal idioma.
Somente no final do século VII A.C, o emprego do termo heleno se estendeu a toda a Grécia continental e a todo o habitante, cidadão das mais longínquas e diversas polis (cidade-estado grega). Isso se deve ao fato de que os santuários de Deméter, em Antela, e de Apolo, em Delfos, se tornarem centros religiosos procurados por todos os gregos. A partir de então, criou-se uma liga das cidades gregas para administrar os templos e organizar os festivais, reunindo cidades de toda a Hélade e ajudando na construção da unidade política e cultural destes territórios.
Fontes: http://www.mundodosfilosofos.com.br/indoeuropeus.htm
http://www.cacp.org.br/grecia.htm
Pensamentos
O mundo pensado.
Varia, desvaria...
Dinamismo volátil.
Pensa...
Infinito terminável.
Semelhanças,
Redundâncias,
Contradições.
Ilusão verdadeira,
Passageira...
Verdade obscura,
Que se configura:
Em Platão, eu, Aristóteles,
Você, Sócrates, Heráclito...
Reflete...
Dualiza o mundo.
Reparte o tudo.
Obseva, tenta, supõe...
Sonha...
Manipula a verdade.
Compreende, capta?
Aletheia, aporia, doxa, logos...
A palavra, persuasão, de todos.
Ágora?
"O homem é a medida de todas as coisas".
Pega delírio!
Mitica...
"Conhece-te a ti mesmo".
Mente, sentidos, luz...
As coisas se transformam?
Átomos?
É eterno?
É sim e não?
Questiona!
"Eu só sei que nada sei".
O papa e os papões
Pois bem, cá estamos... Começo de outono... Friozinho... Ah! Vocês sabiam que os salários dos parlamentares foram reajustados em quase 30% ? Pois é, rapaz... Só eles vão ganhar R$ 16.512,09, fora os ministros, o presidente etc. O papa rezava e os políticos papavam - a sua grana! Pegaram o truque? Basta um desvio de foco e, num passe de mágica, pronto. E você nem viu, né?! Tem mais: o natal, agora, será comemorado no dia 11 de maio, data em que os congressistas aguardarão, ansiosos, a visita do Papa-Noel.
segunda-feira, 14 de maio de 2007
"Dente por dente"...
Entrevista feita por mim, Pedro de Araújo. Luca Contro fez a filmagem.
"SÃO PAULO - A polícia identificou três punks que teriam participado do assassinato do operador de scanner e skinhead Ricardo Sutanis Cardoso, de 22 anos, ligado ao movimento nazista white power"
Fonte Globo Online, dia 17 de abril de 2007.
E, normalmente, todos nós culpamos o racista.
Os três nessa situação mataram o racista. Eles livraram o mundo da xenofobia?
Ou foram tão xenofóbicos quanto a doutrina nazista, perseguindo ela?
"É treta (rixa) antiga. Foi há cinco meses, na Avenida Paulista . Eu não fui lá porque não tinha certeza" disse um dos acusados, conhecido como "Anão".
domingo, 13 de maio de 2007
quarta-feira, 9 de maio de 2007
Bodes e o silêncio
Chico apanhou do bode o bode apanhou de Chico
Levanta sacode que lá vem o bode, corre Chico
Fala mudo utopia e tudo
Vai buscar no fundo sua vez suave vivi
Fala mudo como bem querer
Escudo na fonte do absurdo sua vez suave vivi.”
O Bode (Carlinhos Brown)
“E com jeito e proteções,
(...)
Galgam altas posições!
(...)
Não tolero o magistrado,
Que do brio descuidado,
Vende a lei, trai a justiça,
-- Faz a todos injustiça--
Com rigor deprime o pobre
Presta abrigo ao rico, ao nobre,
E só acha horrendo crime
No mendigo, que deprime.
(...)
O que sou, e como penso,
Aqui vai com todo o senso,
Posto que já vejo irados
Muitos lorpas enfunados,
Vomitando maldições,
Contra as minhas reflexões.
(...)
Bodes há de toda a casta,
Pois que a espécie é muito vasta...
Bodes ricos, bodes pobres,
Bodes sábios, importantes,
E também alguns tratantes...
(...)
Pois se todos têm rabicho,
Para que tanto capricho?
Haja paz, haja alegria,
Folgue e brinque a bodaria;
Cesse pois a matinada,
Porque tudo é bodarrada!"
(Luis Gama, "Quem sou eu?", in Primeiras Trovas Burlescas)
Certos bodes parvos, das limitações de Porto Ferreira, a 228 km de São Paulo, conspiraram contra a verdade. Vitimando Luis Carlos Barbon, nosso ex-colega de profissão, um dos finalistas do Prêmio Esso de Jornalismo, em 2003, com uma reportagem sobre aliciamento de menores na cidade, puderam, enfim, no último domingo, descansar em seus pútridos campos. Ainda não se sabe quem foi o bode mandante e nem seus subordinados. Na época do relato, empresários e vereadores foram presos. Um destes envolvidos no esquema relatado no próprio jornal de Barbon, “Realidade”, foi preso e, mesmo assim, o mais votado. Tomou posse na Câmara em abril deste ano depois de um mandado de segurança da justiça. O prefeito, que fora um delegado omisso na época das acusações, lamentou a morte. Há três semanas, Barbon denunciou a ocorrência de superfaturamento na prefeitura.
Barbon era um jornalista por instinto, embora não-formado. Engajado, denunciava sem temor as estripulias da “bodarrada” do eixo do mal. Meses antes de sua morte, não usava mais telefone fixo e recebia diversas ameaças anônimas. Expôs sua vida em prol do direito a informação. A Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) emitiram notas de repúdio ao assassinato. “Não é possível que crimes e ilegalidades só sejam alvo de ação efetiva do poder público, após se tornarem fenômenos midiáticos. Estamos diante de uma prova de ‘déficit de cidadania’ no País, que precisa ser solucionado, sob pena de jamais ser uma democracia”, alertou a Fenaj. A Abraji declarou que a execução é um atentado à liberdade de imprensa. “Exige-se do poder público uma atuação exemplar, com rápida e criteriosa investigação, a fim de que os autores materiais e intelectuais do crime não fiquem impunes. Omitir-se nesse caso é um estímulo à repetição de crimes como esse”. (Hélia Araujo, especial para A Cidade).
O alvo dos injustos se assemelha com um jornalista negro do Segundo Império, que criticava a sociedade hipócrita ferozmente. Luís Gama também não se curvou ao medo, à ameaça e à covardia. Os versos de seu poema “Quem sou eu?” revelam a postura crítica permanente do autor aos seus opositores que o chamavam de bode (por seu chifre ou língua afiada?). Sugere, então, quem são os verdadeiros caprinos. Por outro lado, circundado pela "bodarrada", Barbon foi um bode expiatório. A ele foi incutida a culpa, a mancha, o pecado de homens vingativos. Depositaram sobre ele a chaga de seu egoísmo, de sua raiva e de sua injustiça. Infelizmente, ele não teve a oportunidade de ser desertado, foi logo, a tiros, sacrificado.“[...] vemos o Poder Público Municipal usando de forma errada e imoral nossos impostos, para beneficiar empresas.”
terça-feira, 8 de maio de 2007
Discussões sobre "Imparcialidade"
sexta-feira, 4 de maio de 2007
Agora, o Blog fala de si
Nesse contexto, li a obra Os sete saberes para a Educação do Futuro, de Edgar Morin. Embora não seja o livro central de análise nesse blog, os escritos revelam diversas faces da teoria complexa. Foi escrito e publicado à pedido da UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization ou Organização das Nações Unidas para a Educação). Em sete passagens – erro e ilusão, conhecimento pertinente, condição humana, identidade terrena, as incertezas, compreensão e a ética do gênero humano – Morin nos ensina não somente deveres educacionais num futuro próximo, mas também formas de pensar as incoerências sócio-históricas, especialmente no que se refere à Revolução Tecno-científica (que deveria nos auxiliar e não formar armas ou instrumentos de destruição tanto de massa quanto os indiretos).
Em uma análise mais próxima de acontecimentos cotidianos, tentarei nas futuras postagens abordar cada um dos conhecimentos fornecidos por esse filósofo de atual prestígio. Nessa mensagem, me restrinjo a pensar sobre o nome com que batizamos esse pequeno veículo online. Ele não sintetiza apenas o pensamento de Edgar Morin, mas aborda, sim, a nossa mentalidade.
Pensar que filosofamos apenas sobre acontecimentos simples no contexto do fluxo de informações que lidamos é um equívoco. Outro erro maior seria dizer que nossas reflexões são igualmente simplórias. Não há como explorar as notícias de jornal, músicas, poesia sem mensagens elaboradas, pequenos filmes ou até mesmo textos pessoais com um simples resumo num veículo de filosofia. Empregamos nesse blog o sentido literal de ser um “Cidadão do Mundo”: um mundo integrado por informações, por manipulações, por opiniões de cunho crítico, por atos desinteressados, por regressos e progressos, sem exagerar nesses termos evolucionistas.
Mesmo que cada um dos membros que compõem nossa equipe pensem diferentemente, possuam conclusões próprias a respeito e talvez nem se importem sobre o assunto, Morin me mostrou que, embora não tenhamos consciência sempre, fazemos parte do complexo por “nossa formação nele”. O termo original da filosofia dele, a palavra Complexus, é de origem latina e significa “o que foi tecido junto”. Assim somos nós: pessoas “tecidas numa malha” que já existia e que compõe diversos aspectos em sua superfície.
terça-feira, 1 de maio de 2007
Prestigiar o trabalho?
Fontes: UOL Últimas Notícias, Globo Online, Reuters Brasil, New York Times, Jornal Nacional, Folha Online.
Cuba não contou com Fidel Castro no dia em que suas manifestações ficam mais claras. Ele não compareceu devido à problemas de saúde.
Presidente George W. Bush assumiu o veto sobre o projeto de retirada de tropas na Guerra do Iraque. Imigrantes ilegais se manifestaram e a fama estadunidense de "dia pacífico" não foi exposta hoje.
Houve conflitos na China. Em Macau, manifestantes exigiram direitos trabalhistas do governo comunista chinês, sofrendo represálias da polícia.
Na Grécia, manifestantes pediram melhores condições de aposentadoria.
Hugo Chavéz aproveitou o dia para nacionalizar multinacionais petrolíferas na Venezuela.
Na República Tcheca, houve manifestação de anti-comunistas a ponto de espantar a oposição política e obrigá-la a transferir seus protestantes para outro lugar.
Na Rússia, apesar de pacífica, houve a presença tanto de sindicatos pró-governamentais quanto saudosistas da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, estes carregando até retratos do ditador Iosef Stalin.
Na Índia, as prostitutas aproveitaram pra se manifestar, também.
Berlim teve outro 1º de maio violento, é tradição.
Presidente Lula não compareceu à tradicional Missa do Trabalhador de São Bernardo do Campo.
No Campo de Bagatelle, em São Paulo, houve sorteio de cupons para carros e apartamentos.
Houveram shows, claro, pra completar o dia.
Análise filosófica, hoje, fica por conta de você.
Uma reflexão sobre nós, mulheres
Convenhamos que é de se admirar o fato de uma sociedade que vive proclamando e alardeando seus avanços tecnológicos não se preocupar com uma evolução na consciência das pessoas.
Essa semana foi para mim repleta de momentos de reflexão sobre nós mulheres. Comecei a semana com aquele curso teórico para obter minha carteira de motorista. E não é que para minha surpresa, ou melhor, espanto já comecei a aula ouvindo um tipo de gracinha? O professor entrou na sala e logo disse: hoje aprenderemos alguns conceitos básicos de mecânica. E continuou: as mulheres podem se retirar se quiserem porque já não devem estar entendendo nada.
Eu realmente não estava entendendo muita coisa da matéria, mas ao meu redor havia cinco garotos que confessaram estar “boiando” também. Eu me perguntei: e porque o professor não citou esses garotos?
A segunda piada me deixou ainda mais “intrigada”. “Meninas não precisam aprender a trocar pneus, é só colocar uma sainha curta e desfilar pela avenida”. Eu realmente me ausentei da sala por alguns minutos, mas engano seu se foi por não entender nada da aula, foi por não compreender as coisas que saíam da cabeça daquele professor.
Outra situação bem estranha foi a que me ocorreu dentro de um ônibus; não pretendo entrar em detalhes até porque o resumo já mostra onde quero chegar. Fui abordada por um homem dentro do ônibus a caminho da faculdade, qual foi a minha surpresa quando ninguém reagiu em minha defesa, nem homens, nem mulheres. Ora essa, será que isso é algo normal? Um homem abordar uma mulher sem a sua permissão dentro do ônibus, ou em qualquer outro lugar já virou algo implícito na sociedade? Agüentamos gracinhas quanto á nossa aparência, piadinhas de mau gosto, preconceitos e agora mais essa?
Vamos repensar Jean- Paul Sartre: "Quando repenso a minha vida, penso que as mulheres me trouxeram muito. Não teria atingido o ponto que atingi sem as mulheres”.
Finalizando, peço a todos, homens e mulheres que reflitam um pouco, pelo menos o mínimo, sobre essas situações citadas.