terça-feira, 28 de agosto de 2007

Pensamento do Escritor Medíocre

Nada,
Não disserto nem sobre
Fracasso
Ou Descaso,
Não discuto, sou pobre,
De palavra abalada.

Nada que vejo é maduro
E toda a circunstância
Se torna peso duro,
É a falta de constância.

Nenhuma inspiração, nenhum desejo,
Nenhuma inquietação, nenhum despejo,
Toda a libertação, todo o desespero,
Pilha dos papéis, do fracasso.

Montanhas e montanhas de palavras,
Abismos e abismos de culpas,
Mas um aprendizado,
Um laço delicado.

Minha loucura está somente,
Tão decididamente,
Dormente.

A frustração e o incomodo
São seu duradouro
Ronco.

--

Às vezes eu também tento fazer poesia.
Retirado de: http://thebluewriters.blogspot.com/2007/02/pensamento-do-escritor-medocre.html

4 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, interpretei como um cara bem perdedor hein? Alguém que não vence e parece que não faz questão de mudar isso..
Não sei se foi a idéia que quis passar, mas mesmo assim, ficou muito bela a poesia, parabéns! :)

Pedro Zambarda disse...

"Montanhas e montanhas de palavras,
Abismos e abismos de culpas,
Mas um aprendizado,
Um laço delicado."

Nesse trecho, nem tanto =]
Abraço!

Pedro Zambarda disse...

Ju diz: vc consegue tirar as palavras da boca dos outros, impressionante Pe =)

ítalo puccini disse...

gostei!!
a frustração como ronco da loucura.

bela poesia!

abraços,
Í.ta**